A palmeira inajá (Maximiliana maripa Aublet Drude) pode ser uma opção na produção de biodiesel no Estado de Roraima, onde a planta se desenvolve em grandes áreas. A constatação faz parte da tese de doutorado do pesquisador Otoniel Ribeiro Duarte, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa-Roraima), com a orientação da pesquisadora Ires Paula de Andrade Miranda do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT).
A palmeira passa a ocupar posição privilegiada na lista das oleaginosas promissoras, estratégica para o Programa Nacional de Biocombustíveis. Além disso, preenche quesitos relativos ao desenvolvimento regional, inclusão social e preservação ambiental.
O inajá, por meio de seus resíduos das sementes e frutos, também podes er usado na alimentação de aves e suínos em mistura nas rações tradicionais.
Duarte enfatiza que o manejo da palmeira em pastagens e roçados se torna uma alternativa interessante para regeneração, por se adaptar a solos pobres quimicamente. Além disso, não tem espinhos e possui alta produtividade, sendo de manejo barato e fácil.
Segundo o pesquisador, o inajá tem potencial para produzir mais de 3.500 litros de óleo por hectare. De acordo com Ires Miranda, responsável pelo Laboratório de Estudos em Palmeiras da Amazônia (LabPalm) do Inpa, o grupo desenvolve pesquisas de identificação, mapeamento com coordenadas geográficas e estudos ecológicos de palmeiras